Te gosto, você me gosta

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Amar demais

O amor muitas e na maioria das vezes gera dependência, comodismo, rotina. Essas palavras ditas assim, nuas e cruas, uma verdade encarada assim, sem meias palavras assusta, mas se parar e pensar não tem por que assustar já que é exatamente assim que é, e quem vive isso nem sempre se incomoda.

Amar demais é um erro, porque é amar demais que te faz depender do outro. Você ama tanto, tanto e tanto que não pensa mais no singular. Tudo o que você faz é pensando em fazer com ele, tudo que você quer é pensando se ele vai gostar, se é a sua cara, mas se é a dele também. Isso não é ruim se for recíproco, mas se não for é triste, bem triste.

Ele é tudo pra você, é seu girassol, você deseja estar com ele o máximo de tempo que puder, mesmo que pareça sufocante, para você não é, porque você ama demais e esse excessivo amor te cega a ponto de você só ver e querer isso.

Até existem momentos em que a luz parece querer iluminar essa cegueira e você tenta se erguer às próprias custas, ser mais individual, independente, auto-suficiente, mas quando se ama demais isso nunca dura tempo suficiente para se tornar concreto e aos braços dele você torna a cair. É uma doença sem cura, um câncer que se instala, com períodos de quimioterapia sem sucesso, ele sempre volta e te faz sofrer um pouquinho.

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