Hoje eu tava pensando e reparando em algumas coisas que acontecem comigo. Já ouvi muita gente dizer que até me conhecerem achavam que eu tinha cara de "metida", de arrogante, chata e etc. Mas muita gente, mesmo antes de me conhecer deve pensar o contrário, porque não são raras as vezes em que aparecem, surgem do nada, pessoas puxando assunto comigo, a princípio cometando sobre o clima e logo em seguida me confiando segredos e então estive pensando... As pessoas estão cada vez mais carentes de afeto, de atenção, de ouvir um "bom dia" verdadeiro de um desconhecido na rua. Estão cansadas de andar com medo, sem poder olhar pros lados, de não poder confiar em ninguém, então assim que sentem que alguém está disposto, livre de pré-conceitos, elas páram e falam e escutam e se soltam...
Esses dias peguei amizade com um senhorzinho de 86 anos de idade que passava todos os dias na calçado do meu trabalho, quase sempre quando eu estava lá fora. Um dia ele "sentiu" que eu era do bem e deu "bom dia", no outro além do "bom dia" perguntou também como eu estava e no outro já sentamos e batemos um longo papo. Hoje ele me traz livros, fotos, CD's de músicas, DVD's com momentos de família e de filmes... Percebi que a única coisa que ele quer(ia) de mim é um pouco de atenção, de paciência com sua fala lenta e baixa, de carinho com suas memórias... Isso não me custa um centavo e me faz um bem incalculável.
Esse é só um dos casos que eu vivencio por aí...
A vida pode ser muito mais leve se não a levarmos sozinhos. É isso que aprendi com essas situações que acontecem comigo.
Espero que vocês quando puderem desejem um "bom dia" de coração pra alguém que vocês nunca viram e depois venham aqui me contar... Vão ver como é bom.
Tudo a ver: O mundo vai girando cada vez mais veloz. A gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência...
Nenhum comentário:
Postar um comentário